O processo ensino-aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental, onde visa a possibilitar o desenvolvimento de competências a partir das diversas áreas do conhecimento através:
- de situações de aprendizagem reais, significativas e vivenciais para a construção do conhecimento;
- da compreensão do mundo na ótica filosófica, científica, humanística e transcendental;
- de oportunidades para a organização do pensamento;
- de vivências de valores de solidariedade, respeito e responsabilidade.
A organização curricular do Ensino Fundamental de 9 anos, por sua vez, está fundamentada em dois grandes pilares:
- o desenvolvimento pessoal e social;
- a ampliação do universo cultural.
Estes dois eixos servem de referência ao trabalho docente (competências) e contemplam os "componentes curriculares" da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira – Inglês, Artes, Educação Física, Matemática, Educação para o Pensar, História, Geografia, Ciências e Ensino Religioso:
- competência lingüística;
- competência lógico-matemática;
- atuação no meio social;
- relações e convívio solidário;
- criatividade e movimento.
A abordagem metodológica está fundamentada nas seguintes ações:
- jogar;
- experienciar;
- expressar a espiritualidade;
- brincar;
- pensar.
Pilares
- Desenvolvimento pessoal e social
“...é na interação interpessoal que primeiramente se constrói o conhecimento que virá a ser intrapessoal (desenvolvimento real, autonomia, apropriação”.(Vygotsky)
No campo do desenvolvimento pessoal e social, o crescimento individual acontece pela interação e mútua influência. Estes dois fatores possibilita a criança:
- Integrar-se no ambiente físico escolar e com as pessoas nele envolvidas;
- Participar no grupo de trabalho, de forma cooperativa, responsável e auto-disciplinada;
- Participar de experiências coletivas, interagindo com os colegas;
- Jogar – descobrir novas experiências, comparar, refletir, corrigir, relacionar, informar-se sobre as pessoas e fatos para aprender a conviver, através de atividades lúdicas;
- Demonstrar criatividade, cooperação e independência ao interagir com o grupo de seus pares;
- Tentar dominar-se frente aos comportamentos agressivos;
- Agir com autonomia;
- Representar, dramatizar para desenvolver a participação e a aproximação do real;
- Perceber os fenômenos à sua volta;
- Cantar, dramatizar, dançar, participar de atividades ritmadas;
- Participar de diversos jogos;
- Participar de brincadeiras para expressar o que sente;
- Associar o canto aos movimentos do corpo e aos sons musicais;
- Expressar-se livremente através da linguagem corporal plástica e musical, trabalhando a imaginação e a criatividade.
- Ampliação do universo cultural
- As crianças são criadoras de cultura, por isso a importância da valorização do saber que as crianças trazem (e que é aprendido no seu meio sócio-cultural de origem).
- Para Vygotsky (1896-1934), o aprendizado é essencial para o desenvolvimento do ser humano e se realiza principalmente pela interação social.
- As funções mentais superiores que dão origem e ativam a inteligência necessitam da mediação da cultura para se manifestar.
- linguagem oral – processo natural de desenvolvimento
- língua escrita – processo artificial de desenvolvimento – aquisição de conceitos científicos
- Os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia. Tudo isso acontece num contexto em que a educação se realize de modo prazeroso, lúdico.
- Abordagem Metodológica
A construção do conhecimento implica a realização de atividades variadas que incluem a participação ativa do aluno em discussões, leituras, observações e experimentações, ligações com a vida, numa dinâmica metodológica desafiadora que estimule o raciocínio, desenvolva habilidades mentais operatórias, numa abordagem interdisciplinar.
- Princípios
- Ação centrada do desenvolvimento da leitura, sua compreensão e produção escrita.
- Provocação de situações-problema para a construção de projetos interdisciplinares.
- Efetivação do trabalho coletivo.
- Utilização sistemática de recursos tecnológicos.
- Visão de que o conhecimento é meio para o desenvolvimento de competências.
- Implementação de contrato pedagógico que possibilite poder errar, expor dúvidas, questionar, explicitar raciocínios, comunicar-se, respeitando o ritmo e as diferenças de cada um.
- Prática Docente
O Educador Marista fundamenta a sua prática nos princípios e valores difundidos por São Marcelino Champagnat, através da pedagogia da presença, da simplicidade, do espírito de família e do amor ao trabalho, da espiritualidade Mariana e da educação integral.
Assim, sua ação concorre para:
Assim, sua ação concorre para:
- favorecer o desenvolvimento da auto-estima e da auto-confiança do educando;
- mediar o trabalho educativo a partir da compreensão das várias dimensões e amplitude da inteligência e da construção significativa do conhecimento;
- ser um estudioso, flexível, aberto ao novo, ao imprevisto, estabelecendo uma forma prezerosa de aprender a aprender.
- Prática Discente
Na abordagem por competências, espera-se dos alunos:
- envolvimento na tarefa: em processo de projeto ou de solução de problemas, implicando imaginação, engenhosidade, perseverança, etc.;
- transparência: contribuição concreta do aluno para o trabalho coletivo, revelando competência.
- cooperação, trabalho em equipes:o aluno mobilizado para aprender, assumindo a sua parte na tarefa.
- tenacidade: o aluno não pode perder de vista o objetivo, trabalhando com afinco até a conclusão da tarefa ou da solução do problema.
- responsabilidade e solidariedade: o aluno insere-se numa verdadeira teia de solidariedades na abordagem por competências, porque a sua responsabilidade interfere na tarefa do grupo, do coletivo.
- respeito pelas diferenças de cada um.
- Avaliação
Para avaliar as competências, são observados alguns princípios:
- não fazer comparações entre os alunos;
- comparar a tarefa a realizar, o que o aluno fez e aquilo que teria condições de fazer se fosse mais competente;
- elaborar critérios e indicadores das competências com o auxílio dos próprios alunos;
- lançar mão da observação do desempenho do aluno em situação de aprendizagem, completada através de: portfólios, relatórios, dossiês, fichas com registros de aspectos importantes observados;
- priorizar os aspectos qualitativos da aprendizagem no que se refere ao domínio do conhecimento de conteúdos relevantes e das operações mentais utilizadas na sua construção; à formação de competências básicas, bem como às relações interpessoais e à afetividade.
- Indicadores
Os indicadores de avaliação são expressos no Regimento Escolar:
- o nível de compreensão do aluno em relação a uma determinada área do conhecimento;
- operações mentais utilizadas;
- formação de hábitos e atitudes;
- desenvolvimento de habilidades e destrezas;
- relações interpessoais;
Comportamentos que revelem o domínio das competências básicas para prosseguir os estudos:
- Competência Lingüística (ppt)
- Criatividade e Movimento (ppt)
- Competência Lógico-Matemática (ppt)
- Relações e Convívio Solidário (ppt)
- Atuação no Meio Social (ppt)
Cada um destes indicadores tem suas especificações e detalhamentos, bem como os critérios de avaliação correspondentes, de acordo com o estabelecido no Plano de Estudos de cada série.
Fonte: http://www.maristas.org.br/portal/noticias.asp?IDNtc=636
Fonte: http://www.maristas.org.br/portal/noticias.asp?IDNtc=636
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